terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Quero correr, quero fugir. Quero tudo e no fundo não quero nada. Quero rir (como sempre) e sorrir, quero gritar pelo nome da pessoa que amo, quero faze-la feliz. Quero percorrer o mundo e encontrar o que nunca encontrei. Quero chorar (de felicidade) e partilhar a alegria. Quero crescer e voltar a ser criança. Quero ver um mundo de alegrias e sorrisos. Quero liberdade para correr num campo de flores e fazer o que quiser. Quero brincar com todos os animais e andar a chuva. Porque é que estou a dizer o que quero, se no fundo não é o que quero? Também não sei e não quero saber. Porque no fundo o que quero e viver. Viver contém tudo o que quero. Basta simplesmente viver à minha maneira. E qual será? Fazer o que me vem a cabeça, grandes loucuras. Vou fugir, vou desaparecer. Quando me encontrares, já vivi tudo o que tinha a viver, e nesse momento, estou a viver outra vida. Quero tudo e não quero nada.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Pequenos pensamentos

Hoje penso e relembro. Penso em quê? Lá no fundo não sei. São lembranças e recordações, tudo misturado. Olho para um lado e vejo a minha infância, olho para outro e encontro-me a pensar no presente. Estou confusa. Porque não penso numa só coisa? Tenho a cabeça cheia. Cheia de quê afinal? Pequenas lembranças que não me saem da cabeça e aparecem misturadas. Tento pensar numa só coisa, mas fico tão pensativa que dou por mim a pensar em tudo ao mesmo tempo. Como se pode pensar assim? Não se pensa. Mas, se estou a pensar em tudo ao mesmo tempo, como é que não se pensa? Novamente confusa. Desta vez com todas as dúvidas que me vêem à cabeça. Penso. Encontro-me a voar bem alto, a partir de um momento já me vejo a cair. Penso que vou morrer e acabou. Que vem a ser isto? Como vim parar a este cemitério? Serão sinais de que esta perto a minha morte? Espero bem que não. Olho em redor, não vejo nada, nada de nada. Apenas aquele cemitério horroroso em que de repente apareci. Olho para baixo, estava em cima de uma campa. Um pequeno salto. Fixei o olhar nessa campa. Reparei que existiam umas pequenas letras. Li, "Susana Teixeira, nascida a 8 de Abril de 1993, falecida a 27 de Junho de 2050". Pensei em que dia, mês, ano estavamos. Em voz alta digo "26 de Junho de 2050". Supostamente tenho 57 anos. Ponho a mão num dos bolsos das calças e tiro de lá um pequeno espelho que anda sempre comigo. Estava como nova, uma rapariguinha de 15 anos. Estava confusa. Como poderia morrer amanhã se supostamente já devo ter 57 anos e ao ver-me ao espelho vejo-me com 15? Será um sinal de que a 27 de Junho de 2050 irei morrer? Não faço a mínima e nem quero pensar.
Puff! Estremeci. Estremeci porquê? Caí de um poço abaixo, era fundo. Lá no fundo via-se uma pequena luz branca, do tamanho de uma formiga.
Voltei a estremecer e acordei.
Foi apenas um sonho, um sonho e nada mais.